Os três maiores fornecedores detêm metade do mercado
Ocean Network Express

Nos últimos seis meses conformaram-se mais de mil encomendas de projectos para exaustores de gases de navios (scrubbers), segundo dados da sociedade classificadora DNV GL citados pelo World Maritime News. Uma vaga explicada pela aproximação das nonas regras sobre emissões de poluentes pelos navios que entrarão em vigor a partir de 2020, e para as quais os scrubbers constituirão uma resposta, das várias que a indústria marítima tem vindo a debater.

De acordo com a DNV GL, a maioria dos pedidos incidem sobre conversão de sistemas, seguidas pelos pedidos de equipamentos para instalar em novos navios sob construção, essencialmente na China e na Coreia do Sul. A sociedade estima que em 2020 existam 2.500 navios com este equipamento instalado, contra os 4 mil estimados pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa). Diz ainda a sociedade, citada pelo jornal, que os três principais fornecedores destes equipamentos, a Wartsila, a Alfa Laval e a Yara Marine, respondem por 50% do mercado, de um total de mais de 20 fornecedores com encomendas confirmadas.

No plano do tipo de navios que preferencialmente são destinatários destes sistemas, são os de transporte de passageiros e mercadorias (RoPax) e os de cruzeiros. Todavia, refere a DNV GL, a mais recente vaga de encomendas incidiu sobretudo sobre graneleiros, navios tanque e porta-contentores.

Quanto ao tipo de scrubbers, os mais populares são os de circuito aberto (open loop), considerada a solução mais prática e económica. Cerca de 72% dos sistemas instalados são deste tipo, a maioria dos quais pronta para ser convertida em sistemas de circuito fechado (closed loop), 22% são sistemas híbridos e 2% são sistemas de circuito fechado, refere a sociedade classificadora.

A disseminação dos scrubbers em circuito fechado tem sido travada pela sua complexidade e dificuldade de manutenção, mas os sistemas de circuito aberto enfrentam um futuro incerto devido às restrições impostas sobre as descargas de águas de limpeza por várias autoridades portuárias, como já sucedeu, por exemplo, na Bélgica, em alguns portos alemães ou porto de Connecticut (Estados Unidos), que baniram tas descargas. E outros portos consideram fazê-lo, como na Suécia e na Noruega.



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