Na última semana, os Guardas Revolucionários do Irão (GRI) terão realizado um exercício naval no Estreito de Ormuz, na confluência do Golfo de Omã com o Golfo Pérsico. De acordo com os GRI, citados por vários meios de comunicação internacionais, as manobras tiveram sucesso e visaram preparar os seus membros contra eventuais acções de inimigos.
O Diário de Notícias e a LUSA citam a agência noticiosa iraniana, IRNA, segundo a qual Ramezan Sharif, porta-voz dos GRI, terá admitido a “necessidade de manter e melhorar a preparação (das unidades desta divisão das Forças Armadas iranianas) para a defesa das vias navegáveis internacionais do Golfo Pérsico e do Estreito de Ormuz”.
Conforme recordado por vários meios internacionais, as manobras assumem especial importância devido ao momento em que se realizam e que coincide com um período de maior tensão entre os Estados Unidos e o Irão motivado pela retirada de Washington do acordo nuclear com Teerão, no qual permanecem os outros signatários – França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia -, e a imposição de novas sanções ao regime iraniano.
Neste contexto, o Irão já terá mesmo ameaçado bloquear o acesso ao Golfo Pérsico pelo Estreito de Ormuz, pelo qual se julga passar 20% do petróleo mundial. Uma medida que será sempre tomada tendo em conta os interesses do Irão, segundo terá afirmado em Julho um almirante iraniano, e como reacção às sanções impostas por Washington.
De acordo com a estação televisiva norte-americana CNN, citando a agência noticiosa Tasnim, o exercício agora realizado enquadrou-se no programa anual de treino da GRI. Fontes norte-americanas terão identificado a presença de uma centena de navios e centenas de homens na participação do exercício. E um editor da CNN terá testemunhado a presença de mais de 100 petroleiros ancorados no Golfo de Omã, na passada 6ª feira, onde aguardavam autorização para atravessar o Estreito de Ormuz e carregar petróleo.
Fontes oficiais dos Estados Unidos classificaram o exercício como operação naval, destinada a demonstrar a capacidade do Irão para proibir a navegação marítima no Estreito de Ormuz, que teria um forte impacto em todo o mundo devido à importância do local no panorama do comércio internacional de petróleo.
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O mundo livre nao pode permitir que um Estado ditatorial e liderado por fanaticos religiosos como o Irao, tenha acesso a armas nucleares e a misseis capazes de projectar ogivas nucleares. Os Estados europeus e os EUA liderados por Obama nao tiveram coragem para se opor e preferiram adiar o problema assinando o Acordo que Trump ha pouco tempo denunciou. Nesta nova mais esclarecida posicao, Trump conta com o apoio de Israel, da Arabia Saudita e de outros Estados arabes sunitas. As sancoes economicas agora impostas pelos EUA vao, a meu ver, fazer vergar o Irao e ateh a Uniao Europeia. Note-se que alguns Estados da UE nao secrevem na posicai suicida da Lideranca da UE. O Irao espalha a instabilidade no Medio Oriente, regiao que continua axsercestrategica para a UE devido, nomeadamente a dependencia de combustiveis fosseis.