No âmbito do dia Mundial dos Oceanos, 8 de Junho, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) abriu as portas ao público para evidenciar não só a importância do mar como da sua sustentabilidade. Desde a pesca artesanal à questão dos microplásticos e do perigoso consumo de bivalves devido à contaminação, que muitas pessoas não estão conscientes. Temas que foram pontos de partida para algumas das palestras levadas a cabo por profissionais do IPMA nesse mesmo dia.
Porque os pescadores têm uma “imaginação fantástica e adaptam-se às circunstâncias”, explicou Rogélia Martins, do IPMA, foram-se habituando aos novos tempos. Desde o início, em que se pescava à mão, até as mais variadas técnicas explicitadas, como a fisga, aparelhos de carteira ou mesmo a torneira e a piteira – técnicas que a legislação não permite que se arrastem – muito evoluiu o sector.
No entanto, a evolução não trouxe mais espécies, antes pelo contrário. E por isso, são várias as legislações que se comprometem com a sustentabilidade. Neste âmbito, uma das técnicas que gera actualmente polémica é a técnica das murjonas, que usa o caranguejo como isco, porque aguenta vivo muito tempo e poupa os pescadores a uma deslocação diária ao local da captura. No entanto é uma prática que vai contra a legislação.
Na exposição do IPMA, podiam encontrar-se vários tipos de areias, os microplásticos – o problema que preocupado o mundo, até porque já estão a ser encontrados não só no estômago dos animais marinhos como no músculo -, e outras partículas que se podiam ver através dos microscópios disponíveis pela exposição.
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