Operação Proteger encerra exercício de prontidão naval da Marinha portuguesa
INSTREX

Termina hoje na baía de Cascais, com a Operação Proteger, o exercício INSTREX 171 de treino de uma força naval portuguesa que decorre desde 24 de Março ao largo da costa nacional.

A Operação Proteger é considerada de grande dimensão e visa simular um resgate de uma população isolada em consequência de uma catástrofe natural, neste caso, um abalo sísmico e um maremoto. Sem água, luz e vias de comunicação terrestres, à população só resta a via marítima para deixar o local. E é aí que intervêm as forças envolvidas da operação, que neste caso são a Marinha, os Fuzileiros, a Polícia Marítima, os Bombeiros, a PSP e a Câmara Municipal de Cascais, todas cooperando para o êxito do simulacro. Para representar o papel da população isolada foram convocados cerca de 40 elementos da Marinha, que serão devidamente caracterizados para o efeito.

Na condução da operação, a Marinha dará apoio à Autoridade Marítima Nacional, fazendo deslocar para o local “uma Força Naval, com capacidade de projecção anfíbia (incluindo um centro de controlo de evacuados, um posto de apoio sanitário, pessoal médico e outros militares, como necessário, para prover alimentação e assistência)”, refere a Marinha. Segundo apurámos, a operação decorrerá entre o final da manhã e o final da tarde, após o que o local voltará a ser disponibilizado à circulação pedonal.

Todo o exercício INSTREX 171 tem decorrido no pressuposto do que a Marinha considera o cenário geopolítico actual, “onde é público o recrudescer da capacidade para operar com submarinos por parte de marinhas dos países da bacia do Mediterrâneo e da Ásia, e das ameaças à segurança das artérias de comunicação marítima junto à costa de países destruturados, como a Líbia”.

Nesse sentido, a Marinha tem exercitado durante este exercício “os padrões de prontidão operacional necessários  para uma resposta militar no âmbito da defesa colectiva e no quadro das alianças de que Portugal é parte integrante, bem como para a defesa e protecção dos interesses nacionais onde tal for necessário”, com destaque para “o apoio à diáspora em regiões de tensão”.

Nesta edição do INSTREX 171, têm participado vários meios navais, “com destaque para as fragatas Bartolomeu Dias, D. Francisco de Almeida e Vasco da Gama e para o submarino Arpão”, a par de unidades de fuzileiros e mergulhadores, “envolvendo 607 militares da Marinha Portuguesa”, refere a Marinha, acrescentando que a Força Aérea Portuguesa contribui “com meios para treino de operações aeronavais”. A Força Naval Portuguesa é comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Manuel Silvestre Correia.

 

Nota: Foto retirada do portal da Marinha Portuguesa

 



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