Portugal assume responsabilidades internacionais sobre uma vasta área marítima em relação à qual deverá antecipar as ameaças e riscos existentes contra os seus interesses. E é, neste sentido, que as informações desempenharão um papel essencial, segundo salientou o Comandante Fernando Ângelo no seminário «A Importância das Informações na Segurança Marítima de Portugal», ocorrido no passado dia 4 de Dezembro, no ISCSP. É uma necessidade de segurança saber quem anda a fazer o quê e onde, pois são várias as potenciais ameaças: nomeadamente, o tráfico de droga, as armas de destruição em massa, a pesca ilegal, a poluição, a actividade científica não autorizada, a imigração ilegal, a pirataria e o terrorismo marítimo.
Com efeito, as informações permitem acrescentar mais-valia ao conhecimento situacional marítimo através de uma análise de múltiplas fontes, antecipar ameaças e vulnerabilidades futuras ao interesse nacional, proporcionar conhecimento para adequada tomada de decisão em tempo e, finalmente, evitar a surpresa. Tudo em prol da segurança.
Quanto ao futuro das informações, a perspectiva apresentada pelo Comandante Fernando Ângelo defendeu que se deverá privilegiar o conjunto em detrimento das partes, isto é, a integração de informação proveniente de diversos sistemas, fontes de informação e acções congéneres deverá ser uma prioridade. Por outro lado, deverá verificar-se a partilha de conhecimento e perícias numa aproximação multidisciplinar e interdepartamental, pelo que se deverá integrar também sob o mesmo texto peritos das diversas áreas com intervenção no domínio marítimo. Usar informação proveniente tanto dos sistemas como dos recursos humanos revela-se igualmente fundamental para potenciar o acesso a mais e melhor informação.
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