Apesar da perspectiva de taxas aduaneiras elevadas sobre produtos provenientes da China, as importações nos principais portos de retalho dos Estados Unidos deverão subir gradualmente durante o Verão, segundo referem vários meios de comunicação internacionais com base em dados do relatório Global Port Tracker, pulicado pela Federação Nacional dos Retalhistas norte-americanos (National Retail Federation, ou NRF) e a consultora Hackett Associates.
Por enquanto, os retalhistas estão a armazenar mercadoria que em breve custará significativamente mais. Mas se as taxas forem impostas, na sequência de uma decisão de Donald Trump, que exige que a China acabe com subsídios públicos a certas indústrias e que pratique taxas aduaneiras equivalentes às dos Estados Unidos, será certo que os consumidores norte-americanos vão pagar mais por vários produtos e que vão perder-se milhares de postos de trabalho no país.
Uma realidade que, segundo referia ontem o jornal Observador com base em declarações de “exportadores radicados na China”, está a assustar bastante os empresários chineses, que se mostram “apavorados e indignados”. Em causa estão taxas de 41 mil milhões de euros (51 mil milhões de dólares) sobre as importações da China e uma retaliação chinesa que pode provocar uma redução de 2,5 mil milhões de euros (3 mil milhões de dólares) no PIB norte-americano e a perda de 134 mil empregos nos Estados Unidos.
Mesmo assim, segundo o relatório, os portos contemplados pela NRF, e que em Março movimentaram menos 8,6% de carga do que em Fevereiro (e menos 0,7% face ao mês homólogo de 2017), devido ao efeito do Novo Ano Lunar chinês, que provocou, como é hábito, encerramento de fábricas, a previsão aponta para um aumento das importações nos portos.
Assim, face aos meses homólogos do ano anterior, as estimativas apontam para um aumento das importações em TEU de 6,4% em Abril, 4,3% em Maio, 6,1% em Junho, 5,5% em Julho, 4,6% em Agosto e 2,1% em Setembro. Relativamente ao primeiro semestre deste ano, a previsão aponta para um aumento em TEU de 5,8% face ao semestre homólogo de 2017.
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