O transporte marítimo não conseguirá atingir a meta definida em 2018 pela Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) de redução de gases com efeito de estufa em 50% até 2050, face aos valores de 2008, se continuar a usar combustíveis fósseis, reconheceu a Câmara Internacional da Marinha Mercante (International Chamber of Shipping, ou ICS).
Por esse motivo, para a próxima década, o seu Chairman, Esben Paulsson, reclamou recentemente “um investimento massivo em investigação e desenvolvimento de sistemas de propulsão com zero emissões de CO2 e noutras tecnologias que ainda não existem numa forma comercialmente viável e capaz de se adaptarem ao transporte marítimo internacional, especialmente nas rotas de alto mar”.
De acordo com este responsável, esta terá que ser uma componente chave da estratégia da IMO, quando forem adoptadas medidas detalhadas de longo prazo para o sector em 2020. Recorde-se que a IMO também definiu que devem ser reduzidas as emissões dos navios em 40% até 2030 e que devem ser feitos esforços para reduzir as emissões em 70% até 2050, visando eliminar por completo com as emissões no transporte marítimo.
Mas entretanto, a ICS dirigiu à IMO uma série de propostas de curto prazo para o mesmo efeito, que incluem um Energy Efficiency Design Index (EEDI) para novos navios mais restritivo (actualmente já implica que navios construídos em 2025 sejam 30% mais eficientes do que os entregues em 2013) e soluções para um Super SEEMP (Ship Energy Efficiency Management Plans), que poderá passar por sujeitá-lo a auditorias externas obrigatórias.
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