Veleiro estava em perigo de naufrágio

Ontem, 12 de Janeiro, a Polícia Marítima, deparou-se com um veleiro que se encontrava em perigo de naufrágio. Isto porque se dirigia para uma zona rochosa. Em causa estava a vida das 103 pessoas a bordo.

Tendo em conta a situação a PM decidiu aproximar-se da embarcação e abordá-la. O veleiro, com cerca de 20 metros, foi depois governado por um dos três elementos da PM que se encontrava na patrulha, auxiliado por um segundo membro da equipa e acompanhado de perto pela embarcação portuguesa ARADE até ao porto de Molivos, onde todos desembarcaram em segurança.

Segundo informações disponibilizadas pela Autoridade Marítima Nacional um dos emigrantes, de nacionalidade afegã, revelou a um elemento da equipa da PM que todas as pessoas que vinham a bordo tinham pago entre 500 a 3000 euros por aquela viagem. Mais. Aquela era a terceira vez que tentava entrar na Europa, via Grécia, com a sua família. Na primeira vez foram abordados pela Guarda-costeira Turca que os obrigou a regressar a terra. Na segunda vez o barco ficou preso nas rochas e mais uma vez tiveram que regressar a terra.

A PM aproveitou para questionar sobre quem governava o veleiro, mas o emigrante não quis revelar essa informação com medo de represálias.

No porto de Molivos os emigrantes foram recebidos por ONG’s e médicos que ajudaram no desembarque e apoiaram duas pessoas que necessitaram de cuidados médicos.

No total foram resgatados 103 emigrantes, dos quais 25 bebés e crianças, 21 mulheres e 57 homens.

A Polícia Marítima encontra-se na ilha grega de Lesbos desde o dia 1 de Outubro de 2015, integrada na missão POSEIDON RAPID INTERVENTION e vai manter o seu apoio à Guarda-costeira Grega, integrada na missão da agência FRONTEX, até ao dia 30 de Setembro de 2016. Até ao momento a equipa já resgatou, em segurança e transportou para terra, mais de 1.900 emigrantes e refugiados.



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