Quem o admitiu foi o Secretário do Comércio Externo, Liam Fox, que considera que o porto de Southampton pode ter a ganhar com a saída da UE. O TPP11 é um acordo comercial que reúne Estados americanos, incluindo o Canadá, asiáticos e da Oceânia, incluindo o Japão, a Austrália e a Nova Zelândia
Liam Fox

O Secretário para o Comércio Externo do Governo britânico, Liam Fox, terá defendido que o porto de Southampton poderá ter a ganhar com o Brexit, na sequência dos novos acordos internacionais que o Reino Unido espera estabelecer depois da saída da União Europeia (UE), refere o Safety4Sea com base na imprensa britânica.

Segundo terá afirmado Liam Fox, logo após o Brexit, previsto para 29 de Março deste ano, o Reino Unido iniciará negociações com os Estados Unidos, a Austrália, a Nova Zelândia e discussões com outros países do chamado arco do Pacífico.

E não está fora de questão integrar o Reino Unido no Acordo Global e Progressivo para a Parceria Transpacífica (também conhecido por TPP11), um acordo comercial que reúne Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Perú, Singapura e Vietname, que entrou em vigor para seis destes Estados (Canadá, Austrália, Japão, México, Nova Zelândia e Singapura) em 30 de Dezembro último.

De acordo com a publicação, o comércio entre o Reino Unido e os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e países do TPP11 gerou mais de 7,7mil milhões de euros para a região do Hampshire e a Ilha de Wight em 2018. E mais de 22 mil milhões de euros em produtos que cruzaram o Estreito de Solent (separa a Ilha de Wight do Reino Unido e é uma importante rota para navios de carga, passageiros e militares) em 2017, ou seja, 13% do valor total do comércio entre estes países e o Reino Unido.

Nos últimos anos, o porto de Southampton tornou-se porventura no principal porto exportador britânico de automóveis e outros veículos para 14 mercados prioritários, valendo menos de 6,6 mil milhões de euros em 2017. Hoje é o segundo maior porto importador britânico (14% das importações), a seguir a Felixstowe, e o principal porto exportador (44,2 mil milhões de euros anuais, 90% dos quais resultantes de exportações para países exteriores à UE), refere a mesma publicação.



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