Quem o afirma é o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, em entrevista ao i. Para determinar o local faltam estudos complementares, a realizar até ao final do ano por um grupo de trabalho formado pela autarquia, a APL e o Ministério do Mar
Terminal do Barreiro

O presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Carlos Humberto Carvalho, admitiu como certa a construção de um terminal de contentores no Barreiro, mas considerou que “falta determinar a localização exacta” e que “os interessados terão que dar um passo em frente”, conforme referiu em entrevista ao jornal i na passada Sexta-feira.

Esse passo dos interessados, que admitiu existirem, embora sem revelar os nomes, será “a única interrogação”, porque será deles o principal investimento, na linha do que o Governo já anunciou, independentemente do financiamento comunitário “no que diz respeito às infra-estruturas” e de fundos nacionais, que “serão fundos complementares e residuais”.

A propósito da localização do terminal, Carlos Humberto Carvalho referiu que “vão fazer estudos complementares àqueles que estavam feitos para que o terminal se localize na zona das antigas fábricas (ex-Cuf/Quimigal)”, por um grupo de trabalho composto pela CMB, a Administração do Porto de Lisboa e o Ministério do Mar, “para acompanhar isto, dentro de um prazo relativamente curto”.

O edil referiu igualmente que António Costa já transmitiu à autarquia que “o terminal ficará no local que a Câmara propõe, em frente às antigas fábricas”.

Na mesma entrevista, falando ainda do mesmo terminal, o autarca recordou outro anúncio do Governo, feito pelo Primeiro-Ministro, e que para o Barreiro será importante: a ligação rodoviária entre o Barreiro e o Seixal. “Pode ser uma ponte ou pode ser um túnel”, sublinhou, acrescentando que “esses estudos estão feitos; é só lançarem a obra”.

Nesse contexto, o autarca adiantou que é importante “a associação desta ligação rodoviária ao próprio terminal” e que, na sua opinião, quando o terminal estiver em funcionamento, ou seja, em 2022, “a ligação ao Seixal terá que estar pronta”. Uma ligação que, segundo terá referido António Costa à autarquia, “ou se faz já no âmbito do novo aeroporto na base aérea do Montijo ou, se não for possível, far-se-á na base do novo quadro comunitário”. Concluiu dizendo que “a obra será feita ou através dos fundos comunitários ou através do investimento no novo terminal de contentores”.

 



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