O Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), dos Estados Unidos, aprovou recentemente o projecto Liberty, da Hilcorp Alasca, cujo objectivo é desenvolver a produção de gás e petróleo e que é o primeiro deste género nas águas do Alasca, segundo o The Maritime Executive.
Da proposta faz parte a construção de uma ilha artificial de cascalho, de nove hectares, a cerca de 8 quilómetros da costa, com 5 metros de profundidade, que precisará de dois anos para ser construída. E as condições de aprovação incluem a perfuração restrita na zona de hidrocarbonetos, que pode ocorrer somente durante os períodos de gelo sólido e restrições sazonais ao tráfego de embarcações, para reduzir possíveis perturbações às restantes actividades.
Note-se que esta costa é o maior reservatório de petróleo não explorado, com uma estimativa de 80-150 milhões de barris de petróleo recuperável, sendo o pico de produção entre 60 mil e 70 mil barris/dia, com uma expectativa de vida de 15 a 20 anos.
“Já existem outras quatro ilhas de cascalho ao largo da região de North Slope, e consideramos o plano da Hilcorp de uma abordagem relativamente conservadora e testada pelo tempo em relação ao desenvolvimento de petróleo e gás”, referiu Joe Balash, do Departamento do Interior. “Usando a contribuição das comunidades da North Slope, das organizações tribais e do público, desenvolvemos um conjunto robusto de medidas de mitigação ambiental e práticas de segurança que serão aplicadas a este projecto”, conclui.
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