De acordo com os críticos, o relatório não contempla limitações à extracção de combustíveis fósseis, ignora custos económicos das alterações climáticas e desvaloriza energias limpas.
Estações Náuticas de Portugal

Grupos ambientalistas refutaram um relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, ou Department of Energy) destinado a avaliar os impactos macroeconómicos das exportações de gás natural liquefeito (GNL), reforçados, esta semana, por uma nova lei que aprova a exportação de GNL em pequena-escala, destinada especialmente aos países que não têm acordo de livre comércio com os Estados Unidos.

Defendendo a inaptidão do relatório, os grupos sublinham as principais falhas na primeira versão do estudo: não contempla limitações à extracção de combustíveis fósseis, não considera os custos económicos associados às alterações climáticas geradas por tais combustíveis e pode gerar um decréscimo de produção de energia mais limpa em prol do aumento de produção de GNL, o que não vai ao encontro dos objectivos globais de sustentabilidade pelo qual os países tentam reger-se.

Trata-se de grupos como a Food & Water Watch, a Oil Change International, o Friends of the Earth-US, o 350.org, o Center for Biological Diversity, o Center for International Environmental Law, além de outros grupos de comunidades locais que se opõem a infra-estruturas de gás na sua área.

“Os autores escolheram ignorar tanto a ciência climática como a acção climática em prol de um imperativo político sobre qualquer análise objectiva. Na minha experiência, esta questão não resistiria à revisão por parte de qualquer instituição académica. É necessário que os autores recomecem a usar métodos rigorosos para avaliar o impacto das políticas das alterações climáticas sobre a procura global de GNL. Qualquer análise inferior estará a prejudicar os contribuintes que pagam pelos estudos” referiu Lorne Stockman, analista da Oil Change International e principal autor das críticas.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill