O país procura adquirir posições em portos da região, visando compensar a sua interioridade e falta de acesso ao mar através de acordos com o Sudão, o Estado secessionista da Somalilândia, o Djibuti e o Quénia.
Shanghai International Port Group

A Etiópia, um país sem acesso directo ao mar, está a agir junto do Sudão, Somália (em particular do Estado não reconhecido da Somalilândia), Djibuti e Quénia para conseguir aceder ao comércio marítimo, que depende há muito do Porto de Djibuti, refere o Maritime Executive.

Para tal, na última semana, as autoridades etíopes e sudanesas chegaram a um acordo para investirem no porto do Sudão. O acordo, segundo explica Meles Alem, a porta-voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Etiópia, ”implica que a Etiópia também seja accionista do porto”.

Juntamente com este acordo, diplomatas da Etiópia e dirigentes do Quénia surgiram também com um acordo para conceder um aluguer do porto de Lamu, no Quénia, à Etiópia para fins de logística. Sendo que, com o compromisso paralelo de melhorar as ligações rodoviárias e ferroviárias entre a capital etíope, Adis Abeba, e a fronteira do Quénia.

Recorde-se que no mês passado a Etiópia adquiriu uma participação de 19% no porto de Berbera, no auto-proclamado Estado da Somalilândia, juntamente com 51% das acções da DP World, que se está a preparar para investir 368 milhões de euros no desenvolvimento do porto. E que no início de Maio foi divulgado que a Etiópia vai assumir uma posição não especificada no porto de Djibuti (desde que terminou a concessão da DP World no terminal de contentores de Doraleh deste porto que o Djibuti procura investidores para a infra-estrutura).



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