Esta foi uma das conclusões de um estudo independente encomendado pela UE para avaliar o grau de execução do Plano de Acção para uma Estratégia Marítima na Região Atlântica
Plano de Acção para uma Estratégia Marítima na Região Atlântica

Um estudo independente solicitado pela União Europeia (UE) no âmbito do Plano de Acção para uma Estratégia Marítima na Região Atlântica (2013-2020) concluiu que até ao momento o plano já induziu mais de 1.200 projectos e 6 mil milhões de euros de investimento.

Segundo a Comissão Europeia (CE), “a maioria dos projectos visa a protecção do ambiente e a inovação, bem como a melhoria da conectividade e da inclusão social”, e de que são exemplo “o desenvolvimento das energias marinhas renováveis em França ou as instalações portuárias em Espanha e na Irlanda, a melhoria das infra-estruturas turísticas no País de Gales, bem como a criação de ligações de banda larga nas zonas remotas da Escócia ou a monitorização dos cuidados de saúde à distância na Irlanda”.

O estudo revelou que foram investidos 2,1 mil milhões de euros em 500 projectos relacionados com o ambiente, desde o desenvolvimento de energia renováveis marinhas a novas aplicações de biotecnologia em Portugal. Foram ainda investidos 750 milhões de euros em 500 projectos relacionados com conectividade em banda larga em áreas remotas da Escócia ou no planeamento do espaço marítimo da Macaronésia.

Cem projectos foram alvo de um investimento de 2,4 mil milhões de euros para improvisar a acessibilidade e a conectividade, em particular em instalações portuárias de Espanha e Irlanda. E foram investidos 360 milhões de euros em 100 projectos relacionados com a inclusão social, designadamente, promovendo infra-estruturas turísticas no País de Gales e monitorização remota da saúde na Irlanda.

O financiamento provém de várias fontes, incluindo financiamento da UE (fundos para o desenvolvimento regional, investigação & desenvolvimento e economia azul), do Banco Europeu de Investimento e ainda de fontes nacionais, regionais e privadas. Vinte projectos, envolvendo 320 equipas de investigação internacionais, não são apenas europeus, antes envolvendo parceiros transatlânticos, como os Estados Unidos e o Canadá.

O estudo identificou também algumas fraquezas na concretização do plano, como o espectro largo de objectivos, que tornou difícil influenciar políticas concretas ao nível nacional e regional, a ausência de um quadro sólido de monitorização e avaliação do desempenho do plano e o seu mecanismo informal e frágil de governação.

Num momento em que a UE prepara a próxima geração de programas financeiros, a revisão deste plano com base nos resultados até aqui alcançados pode revelar-se de extrema importância.



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