Desde que a Europa começou a receber GNL dos Estados Unidos, que a Europa viu as suas importações de GNL aumentar de zero para 2,8 mil milhões de metros cúbicos.
Wilhelmshaven

Não é novidade que os Estados Unidos são os maiores exportadores de gás natural liquefeito (GNL) e que a União Europeia (UE) “está a diminuir mais rapidamente do que previsto” a produção de GNL, verificando-se “uma eliminação acelerada das fábricas a carvão”, como explica o Comissário Europeu de Acção Climática e Energia, Miguel Arias Cañete.

Segundo o Safety4Sea, as importações da UE de GNL aumentaram de zero para 2,8 mil milhões de metros cúbicos desde que o porto de Sines começou a importar GNL dos Estados Unidos para a Europa, em 2016. Por isso, os dois países concordam agora reforçar tal cooperação estratégica no que à energia respeita, de acordo com a declaração redigida em 25 de Julho pelo Presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, e pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“A diversificação é importante para garantir a segurança do abastecimento de gás na UE. Por conseguinte, é de saudar o aumento das importações de gás natural liquefeito a preços competitivos dos EUA”, explica Miguel Arias Cañete.

Deste modo, também Jean-Claude Juncker confessa que “a União Europeia está disposta a facilitar as importações de gás natural liquefeito proveniente dos EUA. As crescentes exportações de gás natural liquefeito dos EUA, a preços competitivos, poderão desempenhar um papel crescente e estratégico no aprovisionamento de gás da UE; mas os EUA têm de desempenhar o seu papel em eliminar as restrições burocráticas às exportações de gás natural liquefeito. Ambos os lados têm muito a ganhar se procederem aliados no campo da energia”.

Para tal, a UE comprometeu-se a financiar infra-estruturas destinadas a aumentar a capacidade de abastecimento (acrescentando, através de 14 projectos, 15 mil milhões de metros cúbicos aos 150 mil milhões de metros cúbicos já existentes), no valor de 638 milhões de euros. Infra-estruturas que facilitarão os processos, se o acordo correr como esperado, pois actualmente a legislação dos EUA ainda exige aprovação prévia das exportações de GNL para a Europa.

Resta agora prosseguir com o acordo. Em 20 de Agosto, espera-se uma Declaração Conjunta, que se dará em Washington, na presença do Assessor de Comércio do Presidente Juncker e de alto representante do comércio sénior da EU, neste sentido.



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