O Estado de Nova Iorque vai estudar sistemas eólicos offshore europeus e respectivos modelos de negócio para eventual aplicação nas suas águas da costa Atlântica
NYSERDA

A Autoridade Energética de Nova Iorque (New York Power Authority, ou NYPA) vai chefiar um estudo sobre boas práticas em modelos de transmissão de energia eólica offshore e suas ligações às redes baseado nas experiências europeias, tendo em vista a aplicação dos melhores modelos no Estado de Nova Iorque, refere o Maritime Executive.

O estudo incidirá essencialmente no design dos modelos, incluindo conexões radiais e de rede e interligações entre projectos e respectivos sistemas de transmissão offshore, bem como no desenvolvimento e na estrutura das taxas. Será ainda dedicada atenção às estruturas de propriedade, modelos de negócio e meios de financiamento, soluções regulatórias, mecanismos de recuperação de custos, entre outros aspectos.

Segundo a publicação, nesta fase da pesquisa a NYPA contará com a colaboração da New York Independent System Operator, Con Edison, New York State Energy Research and Development Authority (NYSERDA) e da Long Island Power Authority.

O interesse demonstrado pelo Estado de Nova Iorque nos sistemas de energia eólica europeus deriva da sua diminuição de custos nos últimos anos. De acordo com a NYSERDA, citada pela publicação, em 2030, Nova Iorque pode atrair cerca de 5,1 mil milhões de euros da sua indústria para apoiar quase cinco mil novos empregos relacionados com o fabrico, a instalação e a operacionalidade de instalações eólicas offshore. E quase dois mil destes empregos seriam em operações e manutenção, proporcionando oportunidades de carreiras a longo prazo.

Diz ainda a publicação que o Governador de nova Iorque, Andrew Cuomo, deseja alcançar uma capacidade energética de 2.400 megawatts em energia eólica offshore em águas da costa Atlântica até 2030. O suficiente para alimentar 1,2 milhões de lares em Nova Iorque.

Esta informação será útil para atingir os objectivos de Cuomo de implementar este tipo de energia limpa no seu Estado, visando a meta de obter 50% da sua electricidade por via das energias renováveis em 2030, e diminuir  os custos energéticos dos consumidores.

 

 

 



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