Em causa está o maior retrocesso da história – um aumento de 1,6% nas emissões de carbono, após três anos de queda.
Spenser Dale

 

As emissões globais de carbono em 2017 atingiram um nível desmedido, registando-se um aumento de 1,6% após três anos de queda. Este aumento deve-se, segundo o Economista Chefe da BP, Spenser Dale, a um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) global impulsionado pela actividade industrial, ávida de energia, e à reviravolta no consumo de carvão.  

 

“No ano passado, quando discutimos o desempenho excepcional observado nos três anos anteriores, sugeri que algumas dessas melhorias fossem estruturais e persistissem, mas o grau de melhoria provavelmente foi exagerado por vários factores cíclicos, particularmente na China. Atendendo a isso e à forma como esses factores de curto prazo se desenvolveram – como este ano -, não é surpreendente que as emissões de carbono tenham aumentado até certo ponto”, refere Spenser Dale.

 

O mesmo responsável acrescentou que certamente existirão países a “remar no sentido contrário” e deu o exemplo do grande crescimento económico e industrial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da absorção de carvão por parte da China. Na opinião de Spenser Dale, este aumento poderá persistir, não desta forma desenfreada. Pessoalmente, está “mais preocupado com a falta de progresso no sector de energia nos últimos 20 anos do que com a recuperação das emissões de carbono no ano passado”.

 



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