Numa análise de mercado feita pela empresa de consultoria Wood Mackenzie, contam-se mais 33 navios a GNL encomendados este ano, e espera-se que entre 2015 e 2020 a produção de GNL aumente mais de 150 milhões de toneladas métricas.
Estações Náuticas de Portugal

Na nova vaga de projectos de gás natural liquefeito (GNL), contam-se 33 novos navios a GNL encomendados este ano, comparativamente com os 19 em 2017 e apenas seis em 2016 – panorama que faz o sector acreditar que numa nova onda de FIDs (decisões de investimento final) esperada em novos projectos de fornecimento de GNL. No entanto, há ainda muitos navios pedidos entre 2011 e 2014 por entregar e há uma longa história de novos navios a chegar antes da nova oferta, explica Andrew Buckland, analista da Wood Mackenzie, citado pelo Hellenic Shipping News.

Este furor, explica-se pela tentação das taxas de fretamento mais altas, dos preços de construção ainda reduzidos e do rápido crescimento do comércio de GNL, o que tem levado o mercado a apostar no óbvio, ao contrário do que se esperava, de acordo com a consultora, citada pelo jornal.

Espera-se que entre 2015 e 2020 a produção de GNL aumente mais de 150 milhões de toneladas métricas, em comparação com o abastecimento que subiu 20 milhões de toneladas métricas nos cinco anos anteriores a 2016. E a China está na linha da frente, com mais de 50% de importação só na primeira metade de 2018, seguido dos 46% em 2017, principalmente com a abertura de novos terminais, no norte do país, requisitando GNL.

Ainda assim, a consultora prevê que sejam feitos investimentos que aumentem 114 milhões de toneladas métricas de GNL entre 2018 e 2021. Prevê igualmente que estes projectos não providenciem GNL antes de 2015, pelo que até lá antecipa-se uma era de pouco crescimento. Cálculos que vão ao encontro da entrega de muitos dos navios que têm sido encomendados.

Os novos designs, com maiores estruturas, mais eficientes tecnologicamente e cada vez mais sustentáveis estão a ganhar lugar, pois fazem um consumo muito mais económico, pelo que só este ano, 36 novos navios foram adicionados às frotas e 22 aguardam para ser entregues até ao final do ano (se forem entregues a tempo farão com que a capacidade cresça 13% ainda em 2018, mais 6,8% que em 2017). Sendo que os 37 navios esperados para 2019 se traduzirão num crescimento de 7,6%.



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