A eficiência energética e a opção por tecnologias redutoras de emissões foram considerados os factores com maior potencial de impacto na indústria marítima nos próximos anos num relatório apresentado na cimeira anual da fundação Global Maritime Forum, que decorreu em Hong-Kong, nos dias 3 e 4 de Outubro e a que já aqui aludimos.
Já o uso de combustíveis não fósseis e tecnologias alternativas de propulsão, embora considerados factores susceptíveis de reduzirem as emissões de gases com efeito de estufa, não mereceram tanta importância quanto ao seu potencial para influenciar o sector na próxima década, refere-se naquele documento, citado pelo Safety4Sea.
De acordo com o relatório, denominado Global Maritime Issues Monitor 2018, a eficiência energética está entre as questões mais desenvolvidas no sector, o que reflecte o facto de a indústria ter trabalhado nesta matéria ao longo dos últimos anos e estar preparada para adoptar as medidas necessárias quando necessário. O que parece confirmado pelos resultados do slow steaming (a navegação abaixo da velocidade máxima como forma de reduzir o consumo de combustível).
O recurso a tecnologias e estratégias redutoras de emissões, por outro lado, é uma opção para a qual, apesar de tudo, a indústria marítima se sente menos preparada. O motivo é o facto de nenhuma das tecnologias alternativas aos combustíveis fósseis estar suficientemente madura ou ser financeiramente viável face aos resultados, refere o relatório.
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