Na opinião de alguns empresários, embora seja consensualmente considerada inevitável, a digitalização no transporte marítimo será um processo lento. E mais lento do que na generalidade das indústrias.
Hapag-Lloyd

As empresas de transporte marítimo vão acompanhar o processo de transformação digital em curso na generalidade das indústrias globais, mas a um ritmo lento, na opinião de Robert Squire, Director da Thales Certus, uma empresa de tecnologias. “O retorno do investimento demora tempo a obter, pelo que a transformação tem que ser progressiva e inteligente”, refere o empresário, citado pelo World Maritime News.

Falando no âmbito da feira comercial Posidonia 2018, em Atenas, Robert Squire considerou que “a forma como a indústria do transporte marítimo acompanha a digitalização é muito gradual e reactiva; e só procura soluções para questões específicas em determinado momento, em vez de procurar uma transformação digital estratégica e a longo prazo”.

O empresário, porém, reconhece que a introdução da digitalização neste sector é inevitável e que essa ideia é consensual na indústria. Considerou também que a regulamentação e a concorrência serão os factores catalisadores dessa adaptação do transporte marítimo à nova realidade, até porque, conforme referiu Mike Konstantinidis, CEO da Metis Cybertechnology na mesma ocasião, “quem não adoptar a tecnologia digital nos próximos anos será deixado à margem”.

Mike Konstantinidis considerou igualmente que o transporte marítimo está atrasado nas soluções digitais face a outras indústrias e que o sector só recentemente revelou interesse na digitalização com o objectivo de reduzir custos, aumentar a eficiência e produtividade das tripulações e responder às exigências das novas regras instituídas para a sua actividade.



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