O porto da Castanheira do Ribatejo, em Vila Franca de Xira, deverá começar a receber contentores até ao princípio de 2019, referiu Pedro Virtuoso, da ETE – Empresa Tráfego e Estiva, durante o Congresso do Tejo III – «Mais Tejo, Mais Futuro», que se realizou entre 16 e 17 de Fevereiro, em Lisboa, conforme notícia adiantada pela LUSA. Neste momento, estão a ser consultados os empreiteiros para a realização da obra.
De acordo com o mesmo responsável, citado pela agência noticiosa, o porto, que funcionará diariamente durante todo o ano, terá dois hectares e a plataforma logística 100 hectares. Está igualmente prevista a construção de um cais sobre estacas, com 23 metros de frente de rio e 23 metros de profundidade, e o transporte será feito em barcaças com capacidade para 100 contentores.
No encerramento do congresso, conforme citado pela LUSA, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, atribuiu importância à navegabilidade do Tejo, não se referindo por “enquanto à navegabilidade de todo o Tejo”, mas “à navegabilidade até uma área periférica relativamente a Lisboa”. Para a ministra, esse será um passo importante para movimentar mais carga no porto de Lisboa sem que isso signifique mais camiões na estrada.
A esse propósito, Ana Paula Vitorino acrescentou que “em vez de termos um camião por contentor, podemos substituir por 60 contentores numa mesma barcaça, que pode ser despejada numa plataforma logística já fora da área mais congestionada de Lisboa”, adiantou a LUSA.
Na mesma linha interveio a presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Lídia Sequeira, que mencionou a importância da subida pelo Tejo “até ao interior do país em condições ambientalmente mais favoráveis” e considerou a hipótese de transferir para o rio uma parte do transporte feito pela rodovia, refere a agência noticiosa. Algo que poderá ser uma realidade a partir de 2019.
2 comentários em “Contentores em Castanheira do Ribatejo a partir de 2019”
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Tem toda a razão António Orlando. Até dói, ver que todos os países aproveitam os seus rios para a navegabilidade, quer para a cabotagem quer para o turismo. O Sena, o Reno, o Danúbio, o Havre, o Volga, enfim… O Tejo está fora deste movimento, assoreado, poluído e esquecido. Para cúmulo querem usar a BA6 do Montijo para instalar um arremedo de aeroporto complementar da Portela naquilo que designo por “problema Portela+1”, em cima de um areal com altitude de 2 a 4 m ASL que vai inviabilizar a navegabilidade numa parte do Estuário do Tejo, a Baía Montijo-Gaio/Rosário-Moita.
Vamos ver se se consegue ultrapassar o sistema mafioso dos camionistas. É difícil mas pelo menos falar nesse projecto já é um passo.
É incrível que todos os rios são navegáveis só no nosso País é que esses processos são complicados. Vamos saber porquê??
Como por exemplo somos o único País do sul da Europa que não temos navios de cruzeiro com carreiras regulares a sair do nosso porto para as ilhas. E quando isso aconteceu o navio “armas” a sair de Portimão e a chegar ao mesmo porto,, enquanto não acabaram com esta rota não descansaram. Hoje continuamos a não ter carreiras regulares para as ilhas…