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Entre Dezembro e Fevereiro, os níveis de confiança na indústria do transporte marítimo caíram para um nível recorde de 5, numa escala de 1 a 10, de acordo com um inquérito realizado pela consultora Moore Stephens, relata o World Maritime News.

Todas as categorias de inquiridos, excepto os agentes de navegação, registaram uma quebra de confiança no sector. Por regiões, a descida verificou-se em todas as grandes zonas cobertas pelo inquérito: na Ásia, passou de 6, em Novembro de 2015, para 4,4, em Fevereiro; na Europa, de 5,4 para 5,1; e na América do Norte, de 5,7 para 4,7.

Segundo o jornal, os inquiridos manifestaram preocupação com o excesso de oferta de oferta no transporte marítimo, em especial no segmento dos graneleiros de carga seca. Uma das respostas referia mesmo que nesse segmento, alguns operadores apenas permaneciam activos para satisfazer as expectativas de receita dos Bancos.

Face ao inquérito anterior, também caiu (de 5,2 para 4,8) a perspectiva de investimento ou desenvolvimento no sector ao longo dos próximos 12 meses, o que também foi uma descida recorde.

Por outro lado, aumentou 16% o número de inquiridos que anteciparam uma redução nas tarifas de fretes dos navios tanque, o que pode ser considerado um benefício perverso da descida dos preços do crude. E 25% dos inquiridos antecipa que nos próximos 12 meses o preço do barril de crude possa estar entre os 40 e os 49 dólares, metade do que era há cerca de dois anos.

Verificou-se também uma ligeira subida no número daqueles que prevêm uma subida nas tarifas dos graneleiros de secos e nos porta-contentores.

 



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