A confiança entre os agentes do transporte marítimo aumentou nos últimos três meses face ao último trimestre de 2018, apesar de todas as incertezas geopolíticas, concluiu um inquérito trimestral (Shipping Confidence Survey) da consultora BDO, citado por diversos meios de comunicação internacionais. Numa escala de 1 a 10, o índice de confiança desta indústria cresceu de 6, no último trimestre de 2018, para 6.2 nos últimos três meses.
Segundo Richard Greiner, Partner da BDO, nem os receios de uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, as dúvidas sobre o PIB chinês, as incertezas sobre as taxas de câmbio, o processo decisório de Donald Trump, o Brexit ou a instabilidade política em várias regiões do globo impediram esta indústria de manter um elevado nível de confiança na sua actividade.
Por regiões, o inquérito concluiu que se registou um aumento de confiança de 6.1 para 6.3 na Europa e de 5.2 para 5.6 na América do Norte. Já na Ásia, verificou-se uma quebra de confiança de 6.3 para 5.8. Por segmentos, segundo o inquérito, o aumento ficou muito a dever-se aos brokers, cujo nível de confiança subiu de 5.2 para 5.9. Já os armadores, gestores e fretadores registaram quebras de confiança.
Segundo a consultora, entre os inquiridos, o grau de probabilidade de fazerem grandes investimentos ou terem desenvolvimentos significativos nos próximos 12 meses caiu de 5.5 para 5.3. Nesta matéria, a confiança cresceu entre os fretadores e os brokers, mas caiu entre os armadores e os gestores. Na Europa, subiu de 5.2 para 5.3, mas na Ásia desceu de 6.2 para 5.2.
Entre os inquiridos, caiu de 67% para 48% o número daqueles que esperam aumento de custos financeiros nos próximos anos, o valor mais baixo desde Agosto de 2016. Uma queda registada em todas as categorias e que no caso dos fretadores foi de 80% para 33%.
Por outro lado, 26% dos inquiridos, consideram que as tendências da procura serão o factor que mais influenciará o desempenho deste sector nos próximos 12 meses. Cerca de 19% consideram que será a concorrência e 13% consideram que serão os custos financeiros.
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