CLIA

Em 2017, a indústria de cruzeiros espera um total de 25,3 milhões de passageiros, quase mais 10 milhões do que em 2007, conforme adianta a Cruise Lines International Association (CLIA) num relatório deste mês. Também no próximo ano, este sector lançará 26 novos navios (13 oceânicos e 13 fluviais), que correspondem a um investimento de 4,2 mil milhões de euros (dados relativos a navios sob encomenda este mês).

O relatório também prevê que na próxima década (2017 a 2026), o sector totalize um investimento de 37,3 mil milhões de euros em 93 novos navios. Destes, além dos 26 navios de 2017, 17 (15 oceânicos e 2 fluviais) serão lançados em 2018, 22 (20 oceânicos e 2 fluviais) em 2019 e 32 (todos oceânicos) entre 2020 e 2026, refere o documento, com base no número de encomendas previstas.

No documento, que traça as perspectivas do sector para o próximo ano, a CLIA também identifica várias tendências, entre as quais a entrada no negócio de uma nova geração, num volume de profissionais superior ao de sempre e o aumento do recurso às agências de viagens por parte dos consumidores. A CLIA refere que tem inscritos cerca de 25 mil agentes de viagens, mais 13 mil do que em 2010, o que dá um panorama da evolução desta actividade.

A procura de cruzeiros fluviais também deverá crescer, assim como a procura de ilhas privadas nos itinerários (em 2017, nos seus programas, a indústria de cruzeiros inclui portos em sete ilhas privadas) e o volume de passageiros. Entre as tendências em expansão, a CLIA também regista o interesse por destinos (portos) que proporcionem experiências interessantes aos viajantes, destinos de aventura e o interesse despertado pela gastronomia a bordo, muitas vezes com propostas de conhecidos chefs internacionais.

De acordo com Cindy D’Aoust, presidente e CEO da CLIA, “a indústria de cruzeiros está a responder à procura global e está encorajada pelas perspectivas de curto e longo prazo”, acrescentando que “desde as inovações tecnológicas e lançamento de novos navios a novos destinos e portos em todo o mundo, a indústria continua a responder aos desejos dos viajantes, do que resulta um crescimento estável e um forte impacto económico do sector em todo o mundo”.



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