O grupo de aconselhamento científico da União Europeia (UE), designado Scientific Advice Mechanism (SAM), apresentou há dias as conclusões de um estudo sobre como podemos obter mais alimentos e biomassa a partir dos oceanos sem privar as gerações futuras dos benefícios dos mares.
O documento foi entregue à Comissão Europeia (CE) – que o solicitara em 2016 – no final de Novembro de 2017 e foi desenvolvido por alguns membros do grupo, incluindo a portuguesa Elvira Fortunato, do Departamento de Ciência dos Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa.
Com base nos mais recentes desenvolvimentos científicos sobre a matéria, o documento visa contribuir para a definição de políticas da UE sobre o mar, as pescas e a aquicultura ao longo dos próximos anos de tal forma que seja possível aumentar o volume de alimentos provenientes dos oceanos de um modo sustentável.
Uma das cinco grandes opiniões emitidas pelos cientistas vai no sentido de induzir uma cultura responsável de capturas dos oceanos na UE e na sua agenda política, incluindo-a na Política Marítima Integrada no quadro da produção alimentar (considerando as posições de consumidores e consumidores e a expansão do consumo de espécies nas camadas inferiores da cadeia alimentar).
Outra posição do SAM consistem em defender o desenvolvimento pleno do potencial de cultura de produtos do mar atendendo à implementação da Directiva europeia sobre planeamento de espaços marinhos e a acordos de parceria sobre pesca sustentável entre a UE e países do sul.
O SAM advoga igualmente a sustentabilidade da captura selvagem (melhorando e aplicando as regras e as melhores práticas em vigor), o aumento de cooperação política entre os Estados membros e outras entidades e o recurso a novas abordagens, designadamente o desenvolvimento do sistema de aconselhamento científico da Política Comum de Pescas e tentativas de capturar espécies até hoje por explorar.
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