A China está a diversificar as suas fontes de energia renovável e aprovou mais um investimento em eólicas offshore, no valor de 15,5 mil milhões de euros. São 24 novos parques eólicos, previstos para estarem operacionais em 2020. Actualmente, a China já é o terceiro país com mais capacidade instalada nesta matéria, só superada pelo Reino Unido e pela Alemanha
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O Governo chinês aprovou 24 projectos de energia eólica offshore ao largo da Província de Jiangsu, com um investimento estimado de 15,5 mil milhões de euros e uma capacidade total de 6.7 Gigawatts (GW), refere o Maritime Executive com base em relatos da imprensa local. Actualmente, a província já acolhe 56 parques eólicos em actividade, com uma capacidade para 8.6 GW.

Os parques eólicos serão desenvolvidos por vários operadores, como o China Energy Group, China General Nuclear Power Corp., China Huaneng Group e State Power Investment Corp, e estarão a funcionar em 2020, refere a mesma publicação, e fazem parte do plano de Pequim para impulsionar o uso de energias renováveis no país.

Em 2018, a China foi responsável por quase metade do investimento global de 22 mil milhões de euros em energia eólica offshore, tendo gasto cerca de 10 mil milhões de euros em 13 novos parques eólicos, refere a publicação, com base em dados da Bloomberg.

E em 2017, segundo um ranking da Global Wind Report Market divulgado este mês pelo LEME – Barómetro da Economia do Mar da PwC, a China já dispunha de uma capacidade instalada de 2.788 Megawatts (MW)em energia eólica offshore, correspondente a 14,82% do total mundial, e ocupava o terceiro posto, atrás do Reino Unido (6.836 MW, 36,84% de quota global) e da Alemanha (5.355 MW, 28,46% de quota). Entre 2012 e 2017, a China passou de 390 MW para os 2.788 MW, ultrapassando a Dinamarca mas cedendo lugar à Alemanha, que também registou uma progressão notável, tal como o Reino Unido.

Entretanto, a State Grid Corp. of China, que gere a maioria da distribuição de electricidade do país, está a construir cinco novas centrais, que devem estar operacionais em 2026, correspondentes a um investimento de 5 mil milhões de euros e com uma capacidade total de 6 GW, refere a publicação, com base em relatos do China Daily.

São centrais concebidas para transferir água de um reservatório para um plano mais elevado durante a noite (quando a procura é menor), recorrendo a uma produção em baixa (off-peak power production) a partir de fontes como o vento. A água é então transportada do reservatório mais elevado para gerar energia suficiente para responder aos picos da procura.



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