Segundo a analista G. P. Wild (International) Limited, estes são os mercados com mais rápida evolução no negócio dos cruzeiros, beneficiando de alguma estagnação dos mercados europeus e de uma evolução lenta na América do Norte
Cruzeiros

Cerca de 27,2 milhões de passageiros deverão fazer um cruzeiro em 2018, prevê a analista G. P. Wild (International) Limited, citada pelo Maritime Executive. A mesma empresa considera também que a comparação dos mercados de cruzeiros da América do Norte, da Europa e do resto do mundo permite concluir que é no Extremo Oriente e na designada Australásia (Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e algumas ilhas indonésias) que se verifica o mais rápido crescimento neste sector.

De acordo com a empresa, o mercado de cruzeiros da América do Norte cresceu 17% desde 2007 e menos de 60% numa análise desde 2002. O mercado europeu, por sua vez, cresceu 66% desde 2007 e 179% desde 2002 (com destaque para a Alemanha e o Reino Unido). Mas o resto do mundo cresceu 320% desde 2007 e 494% desde 2002, refere a analista.

Embora admita que alguns dados que sustentam estes totais sejam conjecturais, porém, não restam dúvidas de que é no Extremo Oriente e na Australásia que se verifica o maior crescimento, induzido, essencialmente, pela China e pela Austrália, que só por si representam quase 60% de todos os passageiros do resto do mundo, ou seja, dos que não provêm da América do Norte nem da Europa.

Por este motivo, vários operadores dos Estados Unidos estão a deslocar capacidades para esses mercados emergentes na Ásia e Oceânia. Além disso, mercados outrora considerados promissores, como o Brasil, a Itália e a Espanha, conheceram um crescimento negativo ou negligenciável. E tem vindo a registar-se um crescimento moderado em mercados tradicionais, como a América do Norte e o Reino Unido.

Tudo isto parece estar a ser compensado pelos crescimentos na China, Austrália e Alemanha, o que, associado ao nível de encomendas de novos navios de cruzeiro, permite concluir que os principais operadores internacionais permanecem com um elevado grau de confiança na evolução desta actividade.

 



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