No seguimento dos vários pedidos e estudos que se têm realizado para aferir a viabilidade de instituir o Mediterrâneo, ou parte dele, como área de controlo de emissões (Emission Control Area, ou ECA), agora foi a vez de Barcelona. Para tal, a Câmara Municipal de Barcelona subscreveu uma iniciativa, segundo vários meios de comunicação internacionais.
Barcelona ambiciona apoiar activamente a criação de uma zona ECA, mas não só. Ambiciona igualmente coordenar-se com a Comissão Europeia (CE) e com Estados membros da União Europeia (UE) para apoiar a implementação de uma gestão cooperativa transfronteiriça, bem como implementar, com urgência, as medidas pertinentes para garantir a redução das emissões dos navios, obrigando-os, uma vez atracados, a conectar-se à rede eléctrica para operação diária, entre outras medidas.
Note-se que o estabelecimento de um quadro regulamentar para as zonas ECA no Mar do Norte, no Mar Báltico e no Canal da Mancha conduziram a melhorias imediatas na qualidade do ar até 50% desde 2015 e benefícios socio-económicos associados avaliados em milhares de milhões de euros. Motivo pela qual esta cidade costeira requer agora tal procedimento, ainda para mais quando, segundo a CE, morrem anualmente 50 mil europeus prematuramente devido à poluição do ar causada por navios, especialmente por óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, ozónio troposférico.
Também por este motivo, a aliança Clean Cruise Network (fundada em 2016, que reúne ONGs, principalmente da região do Mediterrâneo, como Espanha, França, Itália, Malta, Grécia, e também Transport & Environment e a NABU da Alemanha), lançou uma campanha com a “Declaração de Roma”, que se seguiu a uma conferência internacional sobre o transporte marítimo, realizada em Roma, para alcançar o maior número possível de apoios para esta iniciativa, em que o Governo espanhol é instado.
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