Pela primeira vez, em Novembro, a Austrália ultrapassou o Qatar como maior exportador mundial de gás natural liquefeito (GNL), ao atingir as 6,8 milhões de toneladas exportadas, contra as 6,2 milhões do Qatar, refere o Maritime Executive. Todavia, segundo a consultora em energia WoodMac, citada pelo jornal, em Dezembro, o Qatar deverá recuperar o primeiro lugar e, segundo a Agência Internacional de Energia, nos próximos cinco anos, a Austrália deverá posicionar-se como terceiro maior exportador mundial de GNL, atrás do Qatar e dos Estados Unidos.
Relativamente a Dezembro, a quebra do Qatar ficou em boa parte a dever-se a operações de manutenção da QatarGas, que deverá recuperar e mesmo aumentar a sua produção ao longo dos próximos anos, tal como a própria Austrália e sobretudo os Estados Unidos. Os três países, em conjunto, deverão representar 2/3 do mercado global de GNL em 2023, com os Estados Unidos a chefiar o crescimento do mercado e uma produção que deverá atingir as 80 milhões de toneladas por ano ao longo dos próximos cinco anos.
Segundo o jornal e sem surpresa, o crescimento do mercado global de GNL tem sido induzido pela procura da China, que se tornou o maior importador em Maio deste ano. Sob o Governo do Presidente actual, a China começou uma transição energética em larga escala do carvão para o gás, o que poderá reduzir o smog relacionado com a emissão de partículas e de enxofre. Pequim espera alimentar a sua economia com 15% de gás natural em 2030, de acordo com previsões da sua Comissão nacional para o Desenvolvimento e a Reforma, citada pelo jornal.
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