A indústria de cruzeiros no Alasca poderá estabelecer novos recordes em 2018 e 2019, refere o Maritime Executive, com base em dados fornecidos pela Cruise Lines International Association (CLIA) Alaska. Segundo dados da associação, 1.089.700 passageiros de cruzeiro terão visitado o Alasca em 2017. Em 2018, esse número deverá subir para 1.165.500.
Estes dados traduzem um crescimento dos cruzeiros no Alasca, na sequência de uma redução das obrigações fiscais do sector e muito devido à consideração da região como destino seguro, estável, rico em belezas naturais e actividades recreativas e adequado para partilhar com família e amigos, segundo profissionais desta indústria.
Embora o Alasca seja um destino sazonal, a indústria foi capaz de estender a época a cerca de 20 semanas e criar novas excursões, que contribuíram para atrair passageiros cada vez mais jovens e activos.
Segundo dados do sector, 30% dos passageiros de cruzeiros no Alasca são estreantes em cruzeiros e, no caso do site AlaskaCruises.com, 40% dos clientes são estreantes em cruzeiros, refere Gloria Price, Directora de Marketing na iCruise.com, que acrescenta que as pessoas procuram novos navios e novas experiências. Lori Sheller, da Turisco Holidays, por seu lado, destaca que tem clientes a repetirem cruzeiros duas, três a mesmo quatro vezes.
A publicação recorda que em 2010 os cruzeiros no Alasca registaram um corte de 14% mas que depois disso recuperaram e que em 2016, o Alasca recebeu a visita de 1,8 milhões de turistas exteriores ao Estado, dos quais 55% provenientes dos cruzeiros. O ano de 2016 terá sido o primeiro desde 2009 em que a indústria de cruzeiros ultrapassou o milhão de passageiros no Alasca.
Outro sintoma dessa evolução é o reforço das frotas por parte das duas empresas de cruzeiros que operam no Alasca há mais tempo, refere a mesma publicação. A Holland America Line juntou um navio à sua frota em 2017 e em 2018 vai aumentar a capacidade na região em 3% aumentando o número de dias de cruzeiro do navio Amsterdam. A Princess Cruises, por seu lado, vai aumentar a sua capacidade em quase 20% em 2018, acrescentando um sétimo navio, e em 2019 tenciona enviar navios maiores para o Alasca, designadamente o Royal Princess, de 141 mil toneladas brutas.
Outras companhias, como a Norwegian Cruise Line, a Royal Caribbean International, a Seabourn Cruise Line, a Windstar Cruises, a Cunard Line, a Azamara Club Cruises e a Viking Cruises, vão responder a esta tendência, aumentando a frota na região, regressando à zona, lançando programas específicos para o Alasca ou adaptando estratégias a este recrudescimento dos cruzeiros na região.
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