De Janeiro a Maio deste ano, inclusive, as encomendas de very large crude carriers aumentaram 366% em porte bruto face ao período homólogo do ano anterior. O principal beneficiário deverá ser a Coreia do Sul, cujos estaleiros procuram sair de uma quebra continuada na procura.
Gibson Shipbrokers

Nos primeiros cinco meses deste ano foram encomendados 27 very large crude carriers (VLCC, petroleiros com um porte bruto, ou deadweight tonnage, entre 180 mil e 320 mil toneladas), totalizando 8,5 milhões de porte bruto, mais 366% do que no período homólogo de 2016, refere o World Maritime News, com base em dados da Clarksons Research. E 70% das encomendas foram realizadas junto de instalações da Coreia do Sul.

Segundo as mesmas fontes, este volume de encomendas representa 52% das encomendas de navios neste período, em termos de porte bruto. Em número de encomendas de VLCC, é semelhante ao do período homólogo do ano anterior. Em 2016, nesse período, o volume de encomendas equivaleu a uma diminuição de 50% em porte bruto face ao mesmo período de 2015.

Para este aumento de encomendas de VLCC contribuiu a queda dos preços destes navios. Segundo a Clarksons Research, citada pelo jornal, o preço de construção de um VLCC de 320 mil deadweight tonnage caiu para 80 milhões de dólares (71,4 milhões de euros) em Março deste ano, “o valor mais baixo desde Fevereiro de 2004”.

Já no que se refere ao impacto das encomendas nos estaleiros sul-coreanos, deverá ser importante, sobretudo, após 19 meses de declínio em termos de deadweight tonnage. De acordo com o jornal, actualmente, 44% das encomendas de VLCC estão adjudicadas a estaleiros da Coreia do Sul. China e Japão representam cerca de 30% e 19% das encomendas de VLCC, respectivamente.



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