Recentemente, pela primeira vez, a eclusa Neopanamax foi cruzada por três cargueiros de GNL num só dia. Um sintoma do aumento da circulação deste produto por aquela via, que as exportações dos Estados Unidos poderão induzir
Global Industry Alliance

No passado dia 17 de Abril, pela primeira vez, três cargueiros de gás natural liquefeito (GNL) cruzaram num só dia as eclusas para navios Neopanamax do Canal do Panamá, segundo referiu o World Maritime News. O recorde constitui um marco na actividade do Canal do Panamá e no seu serviço para navios de GNL, que cruzam aquela via desde a sua inauguração há cerca de dois anos.

Segundo o jornal, os navios que fizeram história há nove dias foram o Clean Ocean, o Gaslog Gibraltar e o Gaslog Hong Kong, que chegaram ao Canal provenientes do Oceano Pacífico e rumaram a Norte em direcção ao Atlântico.

Neste momento, o Canal do Panamá reserva um em cada sete trânsitos por dia na eclusa Neopanamax a cargueiros de GNL, o que dá uma média de cinco trânsitos semanais. Nos períodos de maior movimento, porém, têm transitado dois navios por dia, o que sucedeu em 14 ocasiões. Agora, transitaram três, pela primeira vez.

De acordo com os administradores do Canal do Panamá, existe um compromisso de adaptação da infra-estrutura às necessidades do mercado. E isso bem pode significar um reajustamento dos trânsitos, pois segundo o mesmo jornal, citando declarações da mesma administração à Reuters, em 2020, deverão cruzar o Canal do Panamá cerca de 30 milhões de toneladas de GNL por ano, cinco vezes mais do que ocorreu em 2017.

Para esta realidade poderá contribuir a exportação de GNL dos Estados Unidos, que o Canal do Panamá tem vindo a antecipar. Segundo o jornal, em 2018, o volume dessas exortações a cruzar o canal atingirá 11 milhões de toneladas e em 2019 esse número deverá quase duplicar, para 20 milhões de toneladas.



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