Embora grande parte dos inquiridos admita que o transporte marítimo venha a beneficiar com as operações autónomas, leia-se remotas, um inquérito do IMarEST concluiu que no imediato, a indústria ainda não está preparada para adoptar de modo significativo essa solução
Ocean Network Express

Em mais um inquérito sobre o transporte marítimo autónomo, desta vez realizado pelo grupo Marine Autonomous Surface Ships do Institute of Marine Engineering, Science & Technology (IMarEST), do Reino Unido, concluiu-se que as competências humanas continuarão a ser um factor essencial no transporte marítimo a longo prazo, refere o Safety4Sea.

Datado de Abril e com 600 respostas, o inquérito foi realizado no âmbito de um debate e serviu de base a um relatório intitulado «Autonomous Shipping – Putting the Human Back in the Headlines». Nesse contexto, somente 15,5% dos inquiridos consideraram que esta indústria está preparada para acolher a navegação marítima por controle remote. E 64% consideraram que ainda existem muitas barreiras para uma adopção significativa da navegação autónoma pela indústria do transporte marítimo.

Apesar destas reticências dois terços reconheceram que a tecnologia da navegação autónoma pode gerar vantagens competitivas em algumas empresas e muitos antecipam grandes vantagens parao sector a longo prazo. E pouco mais de metade admitiram que este sistema pode gerar poupanças na indústria. Concluiu-se ainda que no seio desta indústria, é o transporte de mercadoria o que mais pode beneficiar com a navegação marítima autónoma.



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