Esta semana, a Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (Agepor) veio a público lamentar a greve dos estivadores do Terminal XXI do porto de Sines, até agora “caracterizado, no essencial, por um clima de paz social e progresso, alicerçado na cooperação exemplar de todos os parceiros, condição essencial para garantir a competitividade exigida aos maiores portos mundiais com ambições no mercado de transbordo”, conforme refere em comunicado.
Para a associação, trata-se de “um mau sinal e um mau presságio”, que contribui para “ceder terreno a Valência, Algeciras e Tanger”. No mesmo comunicado, a Agepor recordou a estagnação do porto de Lisboa, onde o tempo “é de espera” e para o qual não antevê um futuro risonho, criticou o Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL), que acusou de não ter “uma visão de futuro, uma visão de desenvolvimento do porto e do seu movimento”, e defendeu uma revisão da lei da greve, “conferindo-lhe proporcionalidade”, face à “onda e tipologias de greves” que se têm verificado em Portugal.
No mesmo comunicado, a Agepor considerou ainda que “é preciso evitar que certos trabalhadores, abusando da sua ‘posição dominante’, utilizem os seus monopólios laborais para condicionar a vida de toda a população, e tornem de si refém o país, para dessa forma extorquirem condições e vantagens. São já muitos os exemplos nos mais diversos setores de actividade”.
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