Em comunicado, a Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), manifestou preocupação com a aproximação do fim da vigência do Acordo Bilateral de Pescas entre Portugal e Espanha, em 31 de Dezembro, e o risco daí decorrente de Portugal “ceder à pressão espanhola para adulterar um acordo entre os dois países, que ao longo dos seus 14 anos de vigência tem vigorado de forma equilibrada”.
O receio da associação, segundo refere, é o de a partir do fim do acordo, passar a ser possível às frotas de ambos os países aceder livremente às zonas económicas exclusivas (ZEE) do país vizinho. Uma situação que tem sido evitada desde 2003 graças a acordos como o que está em vigor e que tem “raízes nos termos de adesão à CEE, em 1986”, refere a ADAPI.
Nesse sentido, a associação “reitera a importância de renovar mais uma vez o acordo para 2018 em diante, nos termos actualmente vigentes, que permitem a um número limitado de embarcações operar nas águas vizinhas, nas condições do licenciamento nacional”.
O nosso jornal procurou esclarecimentos sobre esta questão junto do Ministério do Mar, mas até ao momento ainda não foi possível apurar dados complementares.
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