A segunda paragem do CT (Championship Tour) da World Surf Legue (WSL) começa hoje e será em Bells Beach, na Austrália. Trata-se da Rip Curl Pro Bells Beach, que celebra os seus 57 anos. O evento, que como é tradição, ocorre de 28 de Março a 8 de Abril, será o último em que veremos a participação do surfista australiano Mick Fanning, que tentará terminar a sua carreira como começou em 2001 – com um título no Rip Curl Pro Bells Beach. E terá a presença do português Frederico Morais, presente no tour do CT.
“Eu adoro a história deste evento e como os tradicionais donos da terra têm tantas histórias fantásticas. E há também tantos momentos do folclore de surf neste lugar, que sinto que é especial estar aqui. Vim aqui a primeira vez em 1998, e agora, 20 anos depois, venho aqui para o meu último evento – cheguei ao fim do círculo. É o meu último evento, mas certamente que não será a minha última vez aqui, pretendo vir surfar aqui muitas vezes”, referiu Mick Fanning que irá disputar com Sebastian Zietz e com o Rookie do CT 2018 Jesse Mendes na primeira ronda, a heat 12.
Muitos dos melhores surfistas do mundo surfarão hoje, como John John Florence, Lakey Peterson, Julian Wilson, Jordy Smith ou as surfistas Tyler Wright, contra Malia Manuel e Paige Hareb, Courtney Conlogue e Macy Callaghan. Kelly Slater, onze vezes campeão, está a recuperar-se de um problema no pé e por isso será substituído por Michael February, que substituirá Fanning na restante CT.
Relembre-se que Mick Fanning foi três vezes campeão da WSL e juntou-se ao CT em 2002, depois de ter ganho o Rip Curl Pro Bells Beach com um Wildcard. A sua carreira foi repleta de momentos intensos. No seu primeiro ano do tour fez uma onda que se tornou viral e em 2015 foi atacado por um tubarão no final do heat. Mick sofreu também uma lesão que ameaçou a sua carreira, arrancando o tendão do osso, no entanto essa acabou por se tornar uma motivação para voltar, e estava de volta às competições da elite em 2005, ganhando o seu primeiro título da WSL em 2007.
Ao longo de 16 anos num nível de elite, Fanning ganhou 22 eventos do CT e três títulos da WSL, consolidando-se como um dos maiores surfistas da história. Agora parará de competir, no entanto, continuará a trabalhar com a WSL como Embaixador, onde apoiará a plataforma da sustentabilidade oceânica da WSL, PURE, desenvolvimento de surf e vários outros projectos.
“Eu sinto que acabei de perder o impulso para competir diariamente, agora”, explica Mick. “Tem sido algo que tenho vindo a fazer há 17 anos, e até mesmo antes disso através do QS e do Juniores, e sinto que não posso mais dar 100%. Não estou a gostar tanto quanto gostava no passado. Ainda adoro surfar, e ainda estou super empolgado com isso, mas sinto que há outros caminhos para mim neste estágio da minha vida”, acrescentou.
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