Dos três surfistas portugueses que participaram na competição, apenas Marta Paço, na categoria AS VI, de 13 anos, invisual, conquistou a medalha de bronze. Praticante de surf há pouco tempo, Marta Paço confessa que a maior dificuldade “é saber qual o momento certo de entrar nas ondas”, mas com o auxílio do seu treinador, Tiago Prieto, consegue ultrapassá-la.

Tudo começou com um convite. “A minha mãe tinha um café que era frequentado pelos instrutores do Surf Clube de Viana. Eles conheceram-me e desafiaram-me para experimentar surf”, conta a própria. Marta competiu pela primeira vez no campeonato que o Surf Clube de Viana organizou em Dezembro do ano passado, do qual guarda a “recordação mais especial” e integra, pois, o Surf Clube de Viana do Castelo (SCV).

A adolescente que representou a selecção portuguesa de surf adaptado no «ISA World Adaptative Surfing Championship», que decorreu entre os dias 12 e 16 de Dezembro, na praia de La Jolla, em San Diego, na Califórnia, em conjunto com Nuno Vitorino e Camilo Abdula, na 2ª vez que Portugal participa no campeonato, concedeu a Portugal a 12.ª posição no Mundial.

Note-se que o campeonato mundial de surf adaptado foi criado para dar aos surfistas com deficiência e mobilidade reduzida a oportunidade de participarem numa competição mundial no estilo paralímpico. Este ano, a prova contou com a presença de 120 atletas, provenientes de 24 países. Segundo a Federação Portuguesa de Surf, os três atletas portugueses foram escolhidos depois de um estágio liderado pelo treinador da equipa nacional, Bernardo Abreu.