A procura por transporte marítimo de carga geral (multipurpose) registou uma queda de quase 3% em 2015, resultante de um abrandamento na procura de carga seca, refere o World Maritime News, citando a consultora Drewry, que não prevê a recuperação do segmento antes do final de 2017.
O ano de 2015 foi duro para este segmento, que teve ganhos equivalentes a menos de metade dos custos operacionais, e com porta-contentores a proporem fretes quase a zero, apenas para manterem quota de mercado, refere o jornal.
Embora o crescimento da carga seca deva suceder em 2017, a recuperação do segmento de transporte de carga geral dependerá muito dos segmentos concorrentes, como o dos navios handysize (graneleiros de menores dimensões, com capacidade até 50 mil toneladas de porte bruto). Em 2020, já deverá registar um crescimento de 2,7% ao ano.
A dificuldade estará em sobreviver a 2016, que ainda será um ano difícil. Os que o conseguirem e souberem combinar estabilidade financeira, boa gestão e motores amigos do ambiente estarão em condições de vingar. Vários analistas admitem que, embora ainda não existam sinais disso, este segmento poderá regressar a níveis anteriores a 2009.
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