Embora atentos, militares ainda não identificaram oportunidades para um navio polivalente
LPD Siroco

Até meados de Janeiro, não tinham sido “identificadas oportunidades que possam ir ao encontro da aquisição de um navio com as qualidades pretendidas sem as limitações identificadas no LPD Siroco”, apurou o nosso jornal junto do Ministério da Defesa (MD). Uma conclusão a que chegaram Governo e Forças Armadas, de acordo com o MD. Com esta posição, o novo Executivo não exclui a possibilidade de adquirir um LPD, até porque continua presente “a importância, premência e actualidade da necessidade de um meio desta natureza no Sistema de Forças nacional”, conforme nos foi esclarecido pelo MD.

E “têm vindo a decorrer trabalhos com a participação da Direcção-Geral de Recursos de Defesa Nacional, do Estado-Maior General das Forças Armadas e da Marinha, no sentido de identificar oportunidades que possam ir ao encontro da aquisição de um navio com as qualidades pretendidas e sem as limitações identificadas no LPD Siroco”, esclareceu-nos o MD. Fonte da Marinha, todavia, admitiu ao nosso jornal que neste momento, as prioridades deste ramo das Forças Armadas são a remotorização dos helicópteros e a modernização das fragatas.

Recorde-se que em Julho de 2015 chegavam ao fim, sem êxito, as negociações com a França para aquisição do LPD Siroco, por limitações operacionais do navio, como incompatibilidade com outros meios, designadamente os helicópteros EH-101 da Força Aérea, face ao peso suportado pelo hangar da embarcação, como então se referiu. Um argumento que o actual Governo acompanha, atribuindo a “restrições e limitações do navio em causa” o insucesso das negociações. Avaliado em cerca de 80 milhões de euros, o navio contava com uma verba de 50 milhões na Lei de Programação Militar para a sua aquisição.

No final do Verão, até porque o Governo francês queria vender o navio até Setembro, o Siroco foi vendido ao Brasil, por um valor que terá rondado os 75 milhões de euros.



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