Dados do programa da Volvo Ocean Race Science concluíram que os oceanos estão repletos de microplásticos, à excepção do sul da Austrália e no leste da Argentina.
Volvo Ocean Race

O programa da Volvo Ocean Race Science alcançou significativos resultados no decurso da regata: na mais recente recolha de dados do oceano a bordo do Team AkzoNobel e do Turn the Tide on Plastic, foram detectadas 75 partículas de microplásticos por metro cúbico na costa dos Estados Unidos, a chegar a Newport.

Em média, quando as embarcações se dirigiam para o meio do Atlântico, foram encontradas entre 73 a 76 partículas de microplástico por metro cúbico. Sendo que no meio do Atlântico encontraram-se cerca de 63 partículas de microplástico por metro cúbico. Recorde-se que previamente, perto do Ponto Nemo, tinham-se detectado entre 9 e 29 partículas.

O local onde os níveis de microplásticos se revelaram mais assustadores foi ao largo do Mar da China Meridional, perto da Corrente de Kuroshio e o Giro do Pacífico Norte, 349 partículas por metro cúbico, e onde o Mediterrâneo e o Atlântico se cruzam – 307 partículas por metro cúbico.

Os dados, analisados por membros do programa da Volvo Ocean Race Science, em Kiel, Alemanha, serão posteriormente carregados na base de dados National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), para que qualquer cientista os possa consultar.

Estas amostras incluíram, além das partículas, a recolha de dados como a temperatura, o CO2 dissolvido, a salinidade e o teor de algas, o que dá uma noção da saúde do oceano. O pograma fez também recolha de dados essenciais para a previsão das alterações climáticas. Dados que já estão a ser utilizados pela World Meteorological Organisation e pela UNESCO Intergovernmental Oceanographic Comission.

 



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