A MSC contratou uma empresa para recuperar os contentores que deram à costa e proceder a limpeza das praias.
Chistopher Sabine

Começaram a dar à costa na Holanda os contentores caídos do MSC ZOE no início do ano e que serão afinal cerca de 270. Ontem de manhã, tinham sido identificados 21 nas praias de Vlieland, Terschelling e Ameland, cujos conteúdos estavam a ser recolhidos pela população local, que ali se dirigiu para aproveitar televisores, calçado, componentes de automóveis, mobília e brinquedos espalhados pelos areais, mas mais são esperados ao longo destes dias.

A Guarda Costeira holandesa, todavia, avisou para os perigos da recolha porque entre os contentores desaparecidos estão três com peróxido orgânico, um químico tóxico e inflamável, conforme referimos ontem no nosso jornal, e que podem estar misturados com os restantes.

Em comunicado, a MSC, proprietária do navio, de pavilhão panamiano, informou que a perda dos contentores se deveu a condições meteorológicas adversas e que fora contratada uma empresa de salvados para recuperar os contentores e proceder a uma operação de limpeza, tudo em colaboração com as autoridades locais. Paralelamente, estava em acção uma equipa com navios especializados equipados com sonar para encontrar a carga perdida no mar.

Entretanto, de acordo com o World Maritime News, que cita o Comando Central para Emergências Marítimas da Alemanha ((Havariekommando), referiu que alguns contentores foram localizados em águas alemãs. O mesmo jornal referia também ontem que o navio, um dos maiores do mundo do seu género, com 395 metros de comprimento, porte bruto de quase 200 mil toneladas e capacidade para 19.224 TEU, proveniente de Sines, chegara depois da meia-noite ao seu destino, o porto de Bremerhaven, na Alemanha, acompanhado pelo navio multipurpose Neuwerk.



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