Este ano, das 42 encomendas para construção de navios e transporte de gás natural liquefeito (GNL), 27 são assumidamente especulativas, considera a empresa norueguesa de transporte de GNL Awilco LNG, refere o World Maritime News. Ou seja, uma boa parte dos navios são encomendados para serem alugados ou sub-alugados a terceiros e não por necessidades directas de capacidade instalada de quem os encomenda.
De acordo com a publicação, as encomendas destes navios, altamente complexos e dispendiosos, têm sido dominadas pela garantia de alugures(charters) de longa duração, de 10 a 30 anos. Todavia, a publicação refere que nos últimos anos têm ocorrido desvios nos padrões de encomendas induzidos por uma flexibilidade comercial e pelas transacções de curto prazo, que geram aumento dos alugueres de curta duração ou mesmo por viagem.
Com base em relatórios, a empresa norueguesa considera que as actuais encomendas de navios para transporte de GNL acima dos 100 mil metros cúbicos totalizam 93, das quais 37 serão potencialmente para alugar. Embora as encomendas representem 20% da frota existente, a expectativa de produção de GNL entre 2018 e 2021 é de 91 milhões de toneladas/ano (metade das quais fora dos Estados Unidos) e requer mais navios para os períodos de maior procura do que os existentes e dos que estão sob emcomenda.
A publicação cita estimativas de que o comércio de GNL aumentou 6% nos primeiros nove meses deste ano, se comparado com igual período de 2017. As importações chinesas cresceram 45%, as da Coreia do Sul 17% e as da Índia 12%. As do Japão permaneceram iguais.
Refere-se ainda que nos primeiros nove meses deste ano, foram entregues 38 navios de transporte de GNL e que mais 13 deverão ser entregues até ao final do ano, o que tornará 2018 um ano recorde em termos de entregas de novos navios de transporte deste produto.
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