A Secretária-Geral da Organização dos Portos Marítimos Europeus (Europe Sea Ports Organization, ou ESPO), Isabelle Ryckbost, entende que, no quadro do instrumento de financiamento Connecting Europe Facility (CEF), os portos precisam de mais do que os 4% do orçamento do mecanismo para os transportes que obtiveram nos últimos três anos.
Esta foi a conclusão de um estudo da ESPO realizado este Verão no âmbito da proposta de financiamento para o CEF II apresentada em Junho deste ano pela Comissão Europeia (CE) para depois de 2020 e que está em discussão no Parlamento Europeu (PE) e no Conselho. Os relatores do PE apresentaram o seu relatório na última semana e o prazo para as emendas termina no próximo dia 13 de Setembro.
A ESPO saudou a proposta da CE e os esforços feitos para continuar a optimizar este mecanismo, mas lembrou que os portos europeus precisam de um investimento de 48 biliões de euros nos próximos 10 anos, pelo que o montante usado nos últimos três anos no âmbito do CEF é insuficiente para as necessidades portuárias.
“Concretamente, acreditamos que os portos e a dimensão marítima devem ser mais reconhecidos no âmbito da prioridade transfronteiriça; os portos marítimos têm potencial para ligar quaisquer Estados membros pelo transporte marítimo e de ligar os mares com um vasto hinterland e área económica que em muitas circunstâncias excedem as fronteiras nacionais; são naturalmente transfronteiriços e devem ser reconhecidos nesse contexto”, referiu Isabelle Ryckbost.
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