Um relatório da FAO revela que em 2030 a produção de pescado vai crescer 18% face aos valores actuais, apesar do abrandamento do crescimento da aquicultura e da estabilização das capturas em estado selvagem
FAO

A produção global de pescado vai continuar a crescer na próxima década, mesmo com a estabilização da pesca no estado selvagem e o abrandamento da produção em aquicultura, atingindo as 201 milhões de toneladas em 2030 (+18% do que actualmente), revela um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO na sigla em inglês).

Esse crescimento, no entendimento da FAO segundo a qual a pesca é fundamental para alcançar o objectivo de um mundo sem fome e má nutrição, requer, todavia, um progresso na gestão das pescarias, redução das perdas e desperdícios, resolução de problemas relacionados com a pesca ilegal, diminuição da poluição dos meios aquáticos e atençãoàs alterações climáticas.

Para comprovar a importância do sector, a FAO revela alguns números. Em 2016, refere, foram capturadas 90,9 milhões de toneladas de pescado e foram produzidas 80 milhões de toneladas em aquicultura (equivalentes a 53% de todo o pescado consumido como alimento pelos seres humanos).

Outro dado fornecido pela FAO é o de que 59,9% das principais espécies comerciais monitorizadas pela organização são hoje pescadas a níveis biologicamente sustentáveis e 33,1% são-no a níveis não sustentáveis, o que é considerado preocupante. Os 7% remanescentes são sub-pescados. Mas há cerca de 40 anos, 90% das espécies que a FAO monitorizava eram pescadas em níveis sustentáveis, contra 10% que eram pescadas a níveis não sustentáveis.

 



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