British Antarctic Survey e Norwegian Polar Institute solicitam mais investigação sobre as regiões do planeta sobre as quais se sabe menos, como os oceanos polares.
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A British Antarctic Survey e o Norwegian Polar Institute publicaram ontem um relatório sobre o estado dos oceanos polares e que é crítico para o planeta. O relatório enfatizou, essencialmente, a necessidade de investigar mais as “regiões menos compreendidas da terra”, pode ler-se no comunicado oficial.

Nesse sentido, os oceanos polares – que estão entre os ambientes sobre os quais menos se sabe, mas exercendo uma influência brutal no resto do mundo – são cruciais. “Estamos a começar a entender o que tais alterações significam para o clima, para o nível das águas do mar, para o ecossistema marinho, assim como para o ser humano e para a sociedade em geral. Este relatório, destaca a ciência do estado-da-arte por detrás dessas mudanças e, as suas implicações, enfatizando a necessidade de observações contínuas destas mesmas regiões-chave do Sistema Terrestre”, explicou o professor Mike Meredith, que lidera a equipa do British Antarctic Survey’s (BAS) Polar Oceans.

Até hoje, sabe-se que os oceanos polares controlam as temperaturas globais e absorveram mais de 90% de todo o calor extra retido no sistema terrestre. Sabe-se também que as temperaturas estão a subir – as águas do oceano estão cerca de 2 graus mais quentes do que entre os anos de 1982 e 2010. Sendo que os oceanos polares sustentam milhões de aves marinhas, baleias e peixes e até pinguins, o que se traduz num impacto sobre a circulação global e a distribuição de nutrientes e dióxido de carbono e que pode, posteriormente, afectar a vida marinha. Dado este quadro, os níveis de oxigénio nos oceanos do mundo diminuíram em 2% nos últimos 50 anos, o que afecta os stocks.

 



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