No ano passado morreram mais de de 3.700 pessoas ao atravessar o Mediterrâneo.

Os números são da International Organization for Migration (IOM). E indicam que 2015 foi o pior ano para quem tentou alcançar a Europa através do Mediterrâneo. Terão morrido mais de 3.770 migrantes e refugiados.  Em 2014 o número foi de “apenas” 3.270.

Segundo os dados da IOM o pior mês foi Abril, altura em que se registou cerca de 1.250 mortes. Para o número contribuiu a tragédia que vitimou cerca de 800 migrantes oriundos do Norte de África – o navio em que seguiam naufragou devido ao excesso de peso (demasiadas pessoas). Apenas 28 pessoas foram resgatadas e chegaram a Itália.

No ano passado houve uma “deslocalização” dos locais das fatalidades. Enquanto em 2014 a maioria (cerca de 97%) dos acidentes ocorria na rota do Mediterrâneo Central, este ano o número desceu para 77 por cento. Isto porque os valores referentes ao Mediterrâneo Oriental subiram de 1% em 2014 para 21 por cento em 2015.

A nível global a IOM estima que, no ano passado, tenham morrido cerca de 5.350 migrantes e refugiados, dos quais a maioria se registou no Mediterrâneo, seguida do Sudeste da Ásia (principalmente na Baía de Bengala, Mar de Andamão, Malásia e Tailândia), com cerca de 800 fatalidades. Já no México (e fronteira com os Estados Unidos da América) registaram-se pelos menos 330 mortes.

 

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