A COSCO Shipping Energy Transportation espera um mercado de transporte de crude favorável e está a investir nessa área, inclusivamente para acompanhar o ambicioso projecto «One Belt,One Road», de ligação da Ásia à Europa, lançado pelo Governo chinês
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A empresa COSCO Shipping Energy Transportation encomendou dois petroleiros de 308 mil toneladas de porte bruto (deadweight tonnage, ou dwt) à Dalian COSCO KHI Ship Engineering Co (DACKS), uma subsidiária da COSCO Shipping, por 132,8 milhões de euros, refere o World Maritime News.

Segundo o jornal, baseado em informação da empresa, 30% do preço será pago através de meios financeiros próprios e 70% com recurso a empréstimos bancários. Os navios deverão ser entregues em Agosto de 2020 e Janeiro de 2021. A transacção depende, no entanto, de aprovação pelos accionistas, em assembleia geral extraordinária prevista para 22 de Janeiro.

Para a empresa, este negócio traduz uma confiança no crescimento do transporte de crude importado. Num comunicado enviado ao mercado e citado pelo jornal, a empresa considera que a construção e propriedade de navios tanque permitirão beneficiar de oportunidades de negócio, obter economias de escala, optimizar ajustamentos de rotas e melhorar a eficiência e a rentabilidade.

Considerações semelhantes terão estado na base de outro acordo, como o Memorando de Entendimento que a empresa estabeleceu em Dezembro com a PetroChina, que é parte da China National Petroleum Corporation (CNPC), para o transporte de crude e outros serviços.

No âmbito desse entendimento, que acompanha o projecto chinês de «One Belt, One Road», que representa uma nova Rota da Seda, terrestre e marítima, a COSCO Shipping Energy Transportation disponibilizará os seus petroleiros para transportar crude para o oleoduto China/Myanmar.

O porto de Made Island, em Myanmar, será o ponto de partida desse oleoduto. Trata-se de um porto natural capaz de receber navios tanque de 300 mil e 150 mil toneladas, refere a empresa, citada pelo jornal, acrescentando que os países integrados no projecto «One Belt, One Road» são ricos em petróleo e gás, representando 66% das reservas totais mundiais.



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