Por acordo, a União Europeia e os países que lhe estão associados nas questões do Árctico, decidiram evitar a pesca comercial no Árctico Central até existirem argumentos científicos e uma gestão precaucionária que garantam a sustentabilidade da actividade.
Estreito de Bering

A União Europeia e os seus parceiros para as questões do Árctico (Canadá, China, Dinamarca, Islândia, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Federação Russa e Estados Unidos Estados), chegaram finalmente a acordo para evitar a pesca comercial não regulamentada no Árctico.

Ou seja, até que exista informação científica suficiente para a pesca comercial no alto mar do Árctico (cada vez mais atractiva devido à redistribuição de stocks decorrente das alterações climáticas) ser devidamente regulamentada, está proibida, segundo comunicado oficial da Comissão Europeia.

O acordo, alcançado recentemente na quinta e última fase de negociações, foi o primeiro passo para permitir que se criem organizações regionais para a gestão do pesca no Árctico Central e com isso garantir a sustentabilidade da pesca futura.

Tendo ido encontro da posição da União Europeia emitida na Conferência «Our Oceans», realizada em Malta no passado mês de Outubro, o acordo defende que nenhuma pesca comercial deverá realizar-se no Árctico sem uma base científica e a implementação de uma gestão precaucionária.

O Comissário Europeu para o Ambiente, Pescas e Assuntos Marítimos, Karmenu Vella, referiu que “o compromisso e a liderança demonstrados por todas as partes possibilitaram alcançar este acordo histórico” e que “este acordo preencherá uma lacuna importante no quadro de governação oceânica internacional e salvaguardará os frágeis ecossistemas marinhos para as gerações futuras”. Agora, o acordo aguarda apenas a assinatura e ratificação das dez partes contratantes para entrar em vigor.



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