A British Ports Association (BPA), que representa uma centena de associados, preocupada com relatórios publicados no dia 21 de Dezembro sobre o Brexit, por subestimarem os desafios da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) para os portos, respondeu ao Governo, em comunicado.
“Estamos desapontados com o facto de as claras mensagens que fornecemos a todos os níveis de governo sobre os desafios para os portos e para a economia em geral resultantes da saída da União Europeia, não se reflectirem neste relatório”, afirmou Richard Ballantyne, Chefe Executivo da BPA.
A BPA, não sendo uma organização política, não tem tomado partido nestas questões, no entanto, recentemente tem ficado na “linha da frente” do diálogo com os decisores políticos do Reino Unido e da UE, examinando as possíveis consequências do Brexit. Para a associação, os impactos da saída da União Aduaneira e do Mercado Único são considerados muito graves e potencialmente geradores de congestionamentos e atrasos, ou mesmo de uma inflacção dos custos para os comerciantes, fabricantes e consumidores.
“O Relatório do Sector Marítimo e dos Portos minimiza bastante o impacto operacional da saída da União Aduaneira junto do sector. O Governo do Reino Unido deve reconsiderar de forma urgente os impactos nos portos, em particular nos portos de ferry roll-on/roll-off, que facilitam níveis significativos do comércio do Reino Unido com a Europa”, acrescentou Ballantyne. O mesmo responsável da BPA avisa que, entrando numa 2ª fase do Brexit, serão necessários acordos comerciais para limitar os impactos das tarifas nas alfândegas.
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