Os portos da América do Norte precisam de se adaptar às mudanças futuras da indústria, de acordo com um responsável da APM Terminals
Busan

“O panorama dos clientes mudou e tornou-se muito mais competitivo. Nós, como indústria, precisamos trabalhar juntos, adaptar, assistir e responder ao movimento de carga em todos os lugares”, disse Jack Craig, responsável pelos terminais da operadora de terminais portuários APM Terminals, durante a conferência anual do Journal of Commerce sobre Desempenho Portuário na América do Norte.

Na opinião de Craig, os portos da América do Norte precisam de se adaptar às mudanças, designadamente na procura do cliente e na trajectória futura da indústria, admitindo ainda que as alianças no sector estão a remodelar a indústria e têm sido um sucesso para os transportes marítimos, principalmente pela sua procura em termos de custos, eficiência e economias de escala.

“Melhores alianças, maiores embarcações e grandes volumes de chamadas portuárias por navio são um catalisador para melhorar o desempenho nos portos. O novo Canal do Panamá e a maior ponte de Bayonne no porto de Nova York criaram novas oportunidades para navios maiores que operam no comércio da costa leste dos Estados Unidos, o que cria nova procura em infra-estrutura portuária, operações portuárias e todas as partes interessadas na cadeia de abastecimento” acrescentou Craig.

Com a queda dos preços dos bunkers nos últimos anos, os custos dos terminais tornaram-se mais altos para os operadores. “Isso, obviamente, cria uma pressão acrescida sobre as margens do terminal, pois os nossos clientes esperam que encontremos maneiras de ajudá-los a reduzir custos de ano para ano. Dadas as pressões inflaccionadas incorporadas em grandes porções da base de custos de um terminal, isso requer um pensamento diferente para se manter competitivo”, referiu Craig.

O papel da tecnologia no negócio dos portos também pode ser importante para criar um ambiente de trabalho mais seguro e melhorar a competitividade, dado que toda indústria se está a adaptar para melhorar a experiência dos clientes. “Nós podemos fazer isso de forma responsável com os nossos parceiros para expandir o negócio, melhorar a produtividade e a confiança para os nossos clientes e garantir que o modelo de negócios da indústria portuária seja viável a curto e longo prazo”, concluiu o mesmo responsável.

A solução, como reflecte Jack Craig, passa por “uma combinação de melhor transparência entre o terminal e o cliente, melhor usufruto do horário e um uso crescente de sistemas de consulta. A questão é: quando é que as partes interessadas trabalharão colectivamente para levar à prática?”



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